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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O Que Há Por Detrás da Festa Junina?

Propósito: Alertar sobre a gravidade de adotar como “estratégia evangelística”, rituais e festas de origem pagã.

Para começar: Algumas igrejas não economizam criatividade quando o “pretexto” é evangelizar... Digo pretexto porque na verdade o alvo é reunir multidão e não evangelizar! E neste propósito, dizem alguns, “o fim justifica os meios”...Seria correto adaptarmos festas pagãs com pretexto evangelístico?

Esta é a nossa questão neste estudo em relação à Festa Junina, comumente adaptada para “arraial gospel”.

Vamos começar com algumas perguntas: 1)É correto participar de Festa Junina? 2)Ela agrada a Deus? 3)É bíblica? Vejamos alguns símbolos desta popular festa: Fogueira, balões, mastro, bandeirinhas, etc.

Antes de qualquer coisa precisamos entender a vontade de Deus:

“E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.! (Rm 12:2).

Começando pelo fato de que a palavra “conformar” significa “tomar a forma”, entendemos que em nada devemos parecer com o sistema deste mundo.

I-SOMOS UM POVO SEPARADO DAS DEMAIS PESSOAS:

· No livro do profeta Jeremias 10:2 o Senhor diz ao povo de Israel: “Não aprendais o caminho dos gentios...” e ainda no versículo 3: “Os costumes dos povos são vaidade...” – Isto significa que o Senhor Deus considerou inútil e sem proveito para o seu povo o costume dos gentios, que aqui representava os povos que não serviam ao Deus de Israel. A maior parte das festas e celebrações dos gentios eram em homenagem, adoração ou veneração aos seus ídolos, representados em suas imagens de escultura. Para o Senhor, o seu povo não deveria participar e nem temer qualquer crendice que cercasse essas festas.

· À semelhança de Israel, a igreja de Cristo vive em uma outra realidade em relação ao sistema mundano atual... O da fé! E como nova criatura que somos, não nos convém lançar mão, ou ter comunhão, com qualquer sistema pagão, seja qual for o pretexto! Não temos aprovação das escrituras para ter comunhão com o paganismo que nos cerca e muito menos de parecer-nos com ele: “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente...” (2Co 6:14-16).

· Uma argumentação muito comum para se lançar mão de meios pagãos a fim de se “evangelizar”, é a seguinte: “Isto é apenas para estimular a fé das pessoas”... Pergunto: Um Deus tão real, que sempre recusou que seu povo fizesse qualquer tipo de imagem para o representar, se agradaria das inserções de objetos, festas e costumes pagãos que têm sido feitas nas igrejas em nossos dias? Continuemos e vejamos se a Festa Junina, com todo o seu aparato, é tão ingênua e inofensiva quanto parece...

II-O QUE HÁ POR DETRÁS DA FESTA JUNINA?

ü A Festa Junina ou Festa dos Santos populares não passa de uma celebração idólatra, que com todos seus apetrechos caracteriza-se um culto aos ídolos. Em relação a isto, o apóstolo Paulo afirma em1Co 10:14: “Portanto, meus amados irmãos, fugi da idolatria.”

ü Nos países europeus, a Festa Junina nada mais era do que o agradecimento aos santos católicos pelas boas safras nas plantações!! Como poderiam os cristãos (ainda que com pretexto evangelístico), influenciar-se por uma festa que rouba a glória de Deus? Pois no Salmo 147:8,9 diz que é o Senhor Deus “Que cobre de nuvens os céus, prepara a chuva para a terra, faz brotar nos montes a erva e dá alimento aos animais...”.

ü O grande pecado da idolatria é atribuir aos ídolos a glória que pertence somente à Deus, e a Festa Junina, de uma maneira descontraída e “alegre” faz isto. Porém, o Senhor diz em Sua Palavra: “Eu sou o Senhor, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura.” (Is 42:8).

III-A SIMBOLOGIA DA FESTA JUNINA:

ü Nessa popular festa, os balões juninos indicam o início da festa, mas foram criados para reverenciar os santos da festa, é uma forma de celebração agradecendo aos mesmos pela realização dos pedidos...

ü Os fogos, que se originaram na China, também são usados como forma de agradecer aos “deuses” pelas boas colheitas. São elementos de proteção, pois acreditava-se que os fogos espantavam os maus espíritos, além de servir para “acordar São João” com o barulho.

ü Bandeirinhas: Nelas eram colocados os nomes e as caricaturas dos santos à quem se fazia o agradecimento, atualmente são usadas apenas em sua forma colorida.

ü A fogueira simbolizava a proteção contra os maus espíritos, que atrapalhavam a prosperidade das plantações. A festa realizada em volta da fogueira é para agradecer pelas fartas colheitas, outra moda adotada por muitas igrejas evangélicas... Pois quem nunca ouviu falar sobre o culto da fogueira”??? Acreditava-se que a fogueira também purificava o local onde era realizada e era sinal de agradecimento aos santos. Cada santo tem uma fogueira, sendo: a quadrada de santo Antonio, a redonda de são João e a triangular de são Pedro.

ü Quadrilha: Era uma dança típica francesa, e também tinha o objetivo de agradecer aos santos juninos que são: Santo Antônio, São João e São Pedro. Acredita-se que o casamento simboliza uma homenagem a uma jovem francesa, que ficou grávida e foi obrigada a casar.

ü Mastro: Outro símbolo que está relacionado com a fé, o mastro está ligado aos cultos agrários, onde eram realizados agradecimentos pela fecundação das sementes. Conhecido em Portugal também como o mastro dos Santos Populares. Esses mastros que marcavam locais de culto são chamados na Bíblia de “poste-ídolos”: “Não estabelecerás poste-ídolo, plantando qualquer árvore junto ao altar do Senhor, teu Deus, que fizeres para ti. Nem levantarás coluna, a qual o Senhor, teu Deus, odeia.” (Dt 16:21, 22).

Conclusão: Por que trazer para dentro da igreja de Cristo uma festa que tem propósitos totalmente idólatras? Seria esse o método da Igreja Primitiva para ganhar almas? Ou não nos mostra o livro de Atos dos Apóstolos que os primeiros cristãos eram homens cheios do Espírito Santo, que tinham uma rigorosa vida de oração e dependência de Deus, e por isso o Senhor operava por meio deles sinais e prodígios? Não precisamos usar de métodos pagãos para evangelizar o mundo, pelo contrário, todo cristão genuíno tem “um brilho” que os incrédulos percebem e sentem-se atraídos a Cristo. Que a adoração, a comunhão e a santidade sejam as bases que tornarão o testemunho e o evangelismo da igreja atual mais eficazes.